Trabalhemos menos, trabalhemos todos!

Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais mas nada é mais marcante do que a nossa capacidade de trabalhar, de transformar o mundo segundo nossa qualificação, nossa energia, nossa imaginação. Ainda assim, para a grande maioria dos homens, o trabalho nada mais é que puro desgaste de suas vidas. Na sociedade capitalista, a produtividade do trabalho aumentou simultaneamente a uma tão forte rotinização, apequenamento e embrutecimento do processo de trabalho que já não há nada que mais nos desagrade do que trabalhar. Preferimos, a grande maioria, fazer o que temos em comum com os outros animais: comer, dormir, descansar, acasalar.
Nossa capacidade de trabalho, esta potência humana de transformação e emancipação de todos, ficou limitada a ser apenas o nosso meio de ganhar o pão. Capacidade, potência, criação, o trabalho foi transformado pelo capital no seu contrário. Tornou-se instrumento de alienação no sentido clássico da palavra: como ato de entregar ao outro o que é verdadeiramente nosso.
Nosso tempo de vida.

- Emir Sader

Inferno nacional


Diz que uma vez um camarada que abotoou o paletó. Em vida o falecido foi muito dado à falcatrua, chegou a ser candidato a vereador pelo PTB, foi diretor de instituto de previdência, foi amigo do Tenório, enfim... ao morrer nem conversou: foi direto ao Inferno. Em chegando lá, pediu audiência a Satanás e perguntou:









- Qual é o lance aqui? Satanás explicou que o inferno estava dividido em diversos departamentos, cada um administrado por um país, mas o falecido não precisava ficar no departamento administrado pelo seu país de origem. Podia ficar no departamento do país quer escolhesse. Ele agradeceu muito e disse a Satanás que ia dar uma voltinha para escolher o seu departamento.








Está claro que saiu do gabinete do Diabo e foi logo para o departamento dos Estados Unidos, achando que lá devia ser mais organizado o inferninho que lhe caberia para toda a eternidade. Entrou no departamentodos Estados Unidos e perguntou como era o regime ali.








- Quinhentas chibatadas pela manhã, depois passar duas horas num forno de duzentos graus. Na parte da tarde: ficar numa geladeira de cem graus abaixo de zero até as três horas, e voltar ao forno de duzentos graus.




O falecido ficou besta e tratou de cair fora, em busca de um departamento menos rigoroso. Esteve no da Rússia, no do Japão, no da França, mas era tudo a mesma coisa. Foi aí que lhe informaram que tudo era igual: a divisão em departamento era apenas para facilitar o serviço no Inferno, mas em todo lugar o regime era o mesmo: quinhentas chibatadas pela manhã, forno de duzentos graus durante o dia e geladeira de cem graus abaixo de zero, pela tarde.




O falecido já caminhada desconsolado por uma rua infernal, quando viu um departamento escrito na porta: Brasil. E notou que a fila à entrada era maior do que a dos outros departamentos. Pensou com suas chaminhas: "Aqui tem peixe por debaixo do angu". Entrou na fila e começou a chatear o camarada da frente, perguntando por que a fila era maior e os enfileirados menos tristes. O camarada da frente fingia que não ouvia, mas ele tanto insistiu que o outro, com medo de chamarem atenção, disse baixinho:




- Fica na moita, e não espalha não. O forno daqui está quebrado e a geladeira anda meio enguiçada. Não dá mais de trinta e cinco graus por dia.








- E as quinhentas chibatadas? - perguntou o falecido.








- Ah... O sujeito desse serviço vem aqui de manhã, assina o ponto e cai fora.


Sérgio Porto - Stanislaw Ponte Preta

Amor Destrutivo

Anna Tinha 25 anos e ainda morava na casa dos pais, era uma pessoa apaixonada, completamente romantica, alguns diziam que ela era um completa tola, que desperdiçava sua beleza atrás de meros livros fantasiosos, que mostravam amores falsos, que jamais existem.
Anna se recusava a aceitar isso, era filha de Roberto e Marta, seus pais era apaixonados, sempre foram, então porque não tentar algo como o de seus pais, o problema é que Anna não tinha tempo para namoros, já que passava os dias lendo seus livros.
Ela era uma mulher realmente bonita e muito inteligente, seus cabelos eram negros, como um pedaço do carvão mais puro, seus olhos tinham uma pitada de solidão, mais eram de um tom amarelado que jamais se vira em nenhum outro olhar no mundo inteiro, Seu corpo era um dos mais perfeitos em toda a cidade, sua beleza não era apenas exterior, por dentro era uma moça realmente muito inteligente, que sabia debater de frente com doutores e não deixava a desejar a nenhum deles, tinha cursado uma faculdade de Filosofia que infelizmente não lhe dera muito futuro no lugar onde morava, e por causa de doenças de sua mãe temia deixar sua casa.
Continue lendo >>

A busca - (Parte 1/3)

(Parte1) - A traição vinda das trevas.
Era de manhã, não fazia mais de uma hora que o sol nascera. O combinado era absoluto, naquela manhã o negocio teria que ser feito, pela impaciência dos dois lados.
Três homens altos de terno com aparência jovem os três aproximadamente com 26 anos apostos em frente ao carro vigiavam atentamente qualquer movimento suspeito perto dali. O local de encontro era um velho galpão abandonado perto da saída sul da cidade, o lugar era imundo repleto de papelão e lixo, aparentemente não era utilizado a muito tempo.
O homem da esquerda levantou o braço à altura do rosto e olhou para o relógio, virou a cabeça para a entrada e disse com um tom de tédio.
_ Já se passaram 5 minutos, tem certeza que é aqui Mike?
O homem do meio era um pouco mais jovem e magro que os outros se moveu, tinha o cabelo liso e negro que ia até o nariz, mostrava aparência que não dormia a dias. Logo olhou para o lado e disse com um tom de desprezo:
_ claro que é, foi à autoridade em pessoa que decidiu o local.
- Por que tanta pressão da parte da autoridade, Mike? Ligaram-me as quatro da manhã e nem explicaram do que se tratava. 
James, James… se você não fosse tão novo na equipe eu te levaria ao julgamento da Organização. – Falou Mike com um tom de desdém. – Se trata do Amuleto.
Surpreso James o observara e o homem da esquerda falou em tom irônico:
_ Olha! O queridinho do chefe esta em uma missão arriscada.
Você nem tem idéia… – Disse Mike com um sorriso desafiador. – e alem do mais Jason só vamos compr…
Logo adiante um som de carro se aproximando o interrompeu e levou-os a ficar em posição.
Logo a diante um COROLLA preto vinha na direção deles, dentro do carro havia duas pessoas, as duas  tinham aparência francesa, logo que o carro parou saíram os dois, um deles era muito alto e corpulento enquanto o outro era baixo e gordo, mas os dois possuíam um bigode gigante que os deixavam ridiculamente feios.
Os dois homens caminharam até os três segurando uma mala de couro, não se falava nada de ambos os lados até que Mike acenou e disse:
- Deve ser o senhor Arthur? Não? – Logo apertou a mão do rapaz, e ele afirmou. – E você deve ser Fred? – Referindo ao alto rapaz da direita.
Apertaram as mãos trocaram cumprimentos e foram na direção a uma mesa velha que se encontrava no canto do balcão que deveria ter sido a muito tempo um depósito de carros ou uma oficina, não se dava pra ter certeza por causa do lixo, mas avia vários destroços e carcaças de carros fora do balcão.
Continue lendo >>

Maria e as Maçãs


Maria saiu de casa para ir no mercado comprar uma maçã. Ela Adorava comer maçã e comia muitas todos os dias.
Num certo dia Maria conheceu Bartolomeu, que gostava de pera. Ele comia muitas peras todos os dias.
Um dia eles estavam conversando e Maria disse:
– Você é virgem?
- Não, eu ja comi pera.
Isso não assustou Maria, pois ela amava comer maçãs. Dentro de si, em um recanto de seu coração, sabia que aquilo que sempre procurava estava diante de seus olhos. Certo que ela amava maçãs e ele peras, porém diferenças sempre são superadas.
Atenção
Esse texto foi um exercício desesperado de alguém sem capacidade mental…Termine da maneira mais sensata possível dando a ele o final que escolher.
O final será quando os dois, Maria e Bartolomeu, se vestem de maçã e pera e comem um ao outro.
Mariana.

Um dia você aprende…

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
 E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança ou proximidade. 
E começa aprender que beijos não são contratos, tampouco promessas de amor eterno. 
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos radiantes, com a graça de um adulto – e não com a tristeza de uma criança.
 E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, ao passo que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol pode queimar se ficarmos expostos a ele durante muito tempo. 
E aprende que não importa o quanto você se importe: algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e, por isto, você precisa estar sempre disposto a pedoá-la.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. 
Descobre que se leva um certo tempo para construir confiança e apenas alguns segundos para destruí-la; e que você, em um instante, pode fazer coisas das quais se arrependerá para o resto da vida.
 Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e que, de fato, os bons e verdadeiros amigos foram a nossa própria família que nos permitiu conhecer.
 Aprende que não temos que mudar de amigos: se compreendermos que os amigos mudam (assim como você), perceberá que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou até coisa alguma, tendo, assim mesmo, bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito cedo, ou muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que verdadeiramente amamos com palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa carrega a possibilidade de ser a última vez que as veremos; aprende que as circunstâncias e os ambientes possuem influência sobre nós, mas somente nós somos responsáveis por nós mesmos; começa a compreender que não se deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que se pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto.
 Aprende que não importa até o ponto onde já chegamos, mas para onde estamos, de fato, indo – mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar servirá.
Aprende que: ou você controla seus atos e temperamento, ou acabará escravo de si mesmo, pois eles acabarão por controlá-lo; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada ou frágil seja uma situação, sempre existem dois lados a serem considerados, ou analisados.
Aprende que heróis são pessoas que foram suficientemente corajosas para fazer o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências de seus atos. 
Aprende que paciência requer muita persistência e prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, poderá ser uma das poucas que o ajudará a levantar-se.
 (…)
 Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido: simplesmente o mundo não irá parar para que você possa consertá-lo. 
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, plante você mesmo seu jardim e decore sua alma – ao invés de esperar eternamente que alguém lhe traga flores.
 E você aprende que, realmente, tudo pode suportar; que realmente é forte e que pode ir muito mais longe – mesmo após ter pensado não ser capaz.
 E que realmente a vida tem seu valor, e, você, o seu próprio e inquestionável valor perante a vida.

William Shakespeare.

Amor Mortal

Isabel era uma jovem senhorita, muito encantadora, vivia com seu pai, Pedro, e Seu irmão, Lester, em uma bela casa, num pequeno povoado do interior da Irlanda. Ela tinha belos olhos azuis, um sorriso cativante, e cabelos qe parecian uma cascata, derramando por sobre os seus ombros, macios e brilhantes cachos cor de avelã.

Sua mãe morrera no seu nascimento, deixando-a com o pai e o irmão mais velho. Eram uma família de posses, Isabel tinha tudo, todos os seus caprichos eram atendidos na hora em que os desejava. Apesar do mimo não se tornou uma moça antipática e prepotente, ao contrário, com seus 19 anos era considerada a moça mais meiga e bondosa de toda a região.
Era a mais cobiçada pelos rapazes, e alvo de quase todos os seus cortejos, porém tinha um namorado, Julio, a quem dedicava cada um de seus suspiros, e ele também à ela.

Seu maior sonho era se casar com ele, e morar em um campo vizinho ao do pai, porém sabia que aquilo era impossível, pois seu pai não gostava de Julio, e exigia que a filha se casasse com Adan, um rapaz frágil, de pouca saúde, que era filho do companheiro de negócios do pai de Isabel.
Não demorou muito e Isabel foi noivada de Adan, o que lhe trouxe grande tormento e desgosto, e também a Júlio, que prometeu matar o pai dela, e todos que interferissem no seu romance.

Isabel se casou com Adan, e com ele teve um filho. Júlio prometera matar o seu pai, e cumprira a promessa. E como mantinham um caso escondidos, quando o filho de Isabel completou seis meses, eles se foram, deixando o menino com o pai.
Continue lendo >>